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Inclusão Sociodigital

Amplia o acesso à informação, ao conhecimento e as possibilidades de inserção no mercado de trabalho

A tecnologia digital rompe barreiras do espaço e do tempo, une pessoas, culturas, abre janelas para se visualizar experiências remotas, nobres, passíveis de serem replicadas; dá autonomia, amplia os espaços de comunicação e inserção no mundo e no mercado de trabalho, dá acesso a produtos, serviços e conteúdos globais. Estar incluído sociodigitalmente é ter a oportunidade de acessar dispositivos de comunicação digital e gozar dos plenos poderes permitidos por eles, principalmente, o acesso à internet.

Entendemos que não poder acessar a internet e as plataformas que permitem a comunicação digital é também deixar de exercer plenas capacidades básicas, principalmente, se considerarmos que a economia global cada vez mais se apoia no ambiente digital, que também tem se mostrado um importante espaço de discussão política e social e de acesso ao conhecimento, ou seja, de pleno exercício da cidadania.

Por isso, defendemos que a inclusão digital seja considerada um item a mais dentro da definição de pobreza do economista indiano Amartya Sen. Sen desvinculou o conceito de pobreza do conceito de renda, através de vários estudos ao redor do mundo. Defendeu que o conceito de pobreza é multidimensional, vai além daquele estabelecido pelo Banco Mundial, que entende que ser pobre é viver com menos US$ 2 por dia. Para ele, pobreza é a privação de um indivíduo exercer as suas plenas capacidades básicas e cidadãs, como saúde, educação, moradia, habitação.

Com oportunidades sociais adequadas, os indivíduos podem efetivamente moldar seu próprio destino e ajudar uns aos outros.

(Amartya Sen, livro: Desenvolvimento como Liberdade, 2000)

RANKING MUNDIAL DE USUÁRIOS DE INTERNET

Contextualizando

A região da América Latina e Caribe tem uma grande estrada a percorrer em busca da inclusão digital, principalmente no que diz respeito ao acesso à banda larga, tecnologia que permite a realização de tarefas mais complexas pela internet: apesar de 49% da população ter acesso à internet, apenas 35% acessa os serviços de banda larga móvel. (Alliance For Affordable Internet – 2017)

ranking internet gráfico

Dados divulgados pela Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) e pela União Internacional de Telecomunicações – 2017

Acesso à Internet

Outro dado importante que podemos extrair, desta vez, do cenário brasileiro é que, apesar de o Brasil aparecer em 10º lugar no quesito “acesso à internet”, em um ranking global que reúne 58 países, a internet está na casa de apenas 29% de famílias com renda de até 1 salário mínimo do país, contra um índice de 97% na daquelas que ganham até 10 salários mínimos. (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento – 2017).

59% da população tem acesso à internet
59%
Famílias com renda de até 1 salário mínimo
29%
Famílias que ganham até 10 salários mínimos
97%
Classe D e F
23%
Classe A
97%

Dados da pesquisa TIC Domicílios, divulgada pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto Br (NIC.br/CGI-br)

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INCLUSÃO SOCIODIGITAL

Mas não basta apenas facilitar o acesso à internet e aos dispositivos de comunicação digital.

É importante conscientizar as pessoas sobre o uso dessas tecnologias, fazê-las conhecer o potencial que têm, o seu alcance político, educacional e social; refletir junto sobre ferramentas que podem gerar empoderamento e mobilização, mas também destruição. E isso é o que nos traz aqui.

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